Terror de Verão
As
imagens emergem na vista deste ser como fotografias estraçalhadas sem o mínimo
de consolo ou misericórdia. Ele se arrasta pelos cantos como um fantasma
arrastando suas correntes, sempre à procura do caçado, o tal “ser humano” para
ele há um enorme muro que rompe qualquer laço afetivo. O prazer de ver a dor se
entrelaçar por entre os sentidos humanos o faz um sádico sem escrúpulos, um
verdadeiro facínora! Ele uma enorme parte que flagela os pensamentos do ser
humano, acabando com qualquer possibilidade de fuga e então é aí que entra em
cena o desespero. – oh! Por tudo que há de mais sagrado, por Deus!
Bom,
essa é a virtude da clemência que poucos possuem, e então qual a única saída?
Orar ou rezar? Ou talvez algo de instância improvável: um super-herói. Bem
talvez não possa ser recurso de grande ajuda, pois depende da crença do
flagelado.
Nas
noites límpidas de verão ele aparece, está faminto e sedento de sangue, sim ele
quer vê-lo, pois o sangue traz sofrimento e evasão da vida. Aí para a
respiração e vem à dispnéia esse instante não se explica, pois a vivência se
explica por si só, o corpo exausto do caçado sente os pesares do terror, e o
que dizer do escolhido, não pense que é alguém que receberá algum prêmio ou
algo dessa natureza, ele sofrerá mais que os outros. Bem o que se ver: o
escolhido chama á atenção do facínora pela fragilidade ou por ser o mais
medroso do grupo ou até mesmo se mostrar mais coragem e destemor que os demais
Quando
surge o alvorecer da manhã, aparece a expectativa da fuga a partir daí é só a
lei de Talião, ou seja, olho por olho e dente por dente. E quem sai perdendo só
é o escolhido. Enquanto os outros fogem co uma perspectiva de sobrevivência, o
que fica para trás é estraçalhado em pedaços e ninguém o ajuda se tornando
então a próxima vítima do facínora!
(Paula Neves)
2 Comentários:
Essa guria escreve bem...
Essa inspiração ás vezes me dá medo!! é súbita e contraditória com minha própria realidade!!! nem parece que sou eu!!...
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